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Pedras com 12.000 anos podem ser as primeiras provas de tecnologia semelhante à roda – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 14, 2024

Uma coleção de pedras com 12 mil anos, encontrada em Israel, poderá ter sido utilizada pelas culturas primitivas para transformar fibras em fios, o que seria um marco importante no desenvolvimento de ferramentas de rotação, incluindo a roda.

As origens da roda são comummente associadas ao aparecimento de carroças durante a Idade do Bronze, mas uma equipa da Universidade Hebraica de Jerusalém estudou um conjunto de pedras recuperadas da escavação Nahal-Ein Gev II no norte de Jerusalém, Israel, datando de há cerca de 12.000 anos, noticiou na quarta-feira a agência Efe.

Os objetos circulares com o centro oco preso a uma barra (a roda e o eixo) são uma das invenções mais importantes da história tecnológica, ao transformar o movimento linear em rotativo e, assim, fazer mover partes dos artefactos.

Esta tecnologia acabou por dar origem a invenções como carroças, carros, rodas de oleiro, moinhos mecânicos, lagares de óleo, tornos, rocas e muitas outras aplicações, sublinharam os autores na investigação publicada pela revista cientifica Plos One.

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A equipa analisou o conjunto de pedras, principalmente calcário circular com um furo central, utilizando metodologias tridimensionais, incorporando novas aplicações de estudo tanto para os seixos como para as suas perfurações, e explorou as implicações funcionais.

A conclusão é que “estes elementos poderão ter servido de fusos para fiar fibras”, hipótese também reforçada pelo sucesso obtido na fiação do linho a partir de réplicas das pedras.

Este tipo de objeto pode ter aberto caminho para tecnologias de rotação posteriores, como a roda de oleiro e a roda de carroça, que foram vitais para o desenvolvimento das primeiras civilizações humanas.

Os autores estimam que o aspeto mais importante do estudo é “a forma como a tecnologia moderna permite aprofundar as impressões digitais do artesão pré-histórico e aprender algo novo sobre estes e a sua capacidade de inovação”.

“Ao mesmo tempo, dão informações sobre a nossa tecnologia moderna e como nos relacionamos”, concluíram.





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