Pelo menos seis palestinianos foram este domingo mortos devido aos bombardeamentos realizados pelas forças armadas israelitas ao campo de refugiados de Al Bureij, no centro da Faixa de Gaza.
De acordo com fontes locais, citadas pela agência noticiosa palestiniana WAFA, pelo menos uma criança estava entre os mortos e dezenas foram feridas.
A Força Aérea israelita bombardeou a casa da família al-Khatib, sendo que quatro pessoas foram mortas, entre as quais a criança mencionada anteriormente. Um segundo projétil atingiu a casa da família An Najjar no mesmo campo de refugiados, matando duas pessoas e ferindo outras.
Além disso, duas pessoas morreram na sequência de ataques israelitas a Shuhaiya, na parte oriental da Faixa de Gaza.
Podem ter sido cometidos crimes de guerra na operação israelita para libertar quatro reféns que matou mais de 200 palestinianos em Gaza
Israel também bombardeou outros edifícios em al-Mughraqa, a norte de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, e na zona de al-Mauasi, a norte de Rafah (sul da Faixa de Gaza).
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
Além destas mortes, mais de 520 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças israelitas ou em ataques de colonos.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela Organização das Nações Unidas (ONU) em estudos sobre segurança alimentar no mundo.