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População residente em Portugal aumentou pelo quinto ano consecutivo – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 15, 2024

A população residente em Portugal voltou a aumentar no ano passado, pelo quinto ano consecutivo, sobretudo devido ao crescimento migratório, segundo as estatísticas demográficas referentes a 2023, publicadas, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2023, residiam em Portugal 10.639.726 pessoas, o que representou um aumento de 123.105 habitantes em relação ao ano anterior.  

De acordo com as Estatísticas Demográficas 2023, publicadas, esta sexta-feira, no portal do INE, “o acréscimo populacional resultou do saldo migratório positivo”, com uma taxa de crescimento migratório de 1,47%, em compensação pelo saldo natural negativo.

Estima-se que tenham entrado em Portugal perto de 190 mil imigrantes permanentes, mais 13,3% do que o estimado para 2022, sendo que pouco mais de metade eram homens, 80,8% pessoas em idade ativa e mais de 70% nasceram e residiam anteriormente num país fora da União Europeia.

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Por outro lado, terão saído do país 33.666 pessoas, mais 8,8% do que no ano anterior, a esmagadora maioria em idade ativa, sobretudo homens (67,5%) e 52,3% com destino a um estado-membro da União Europeia.

O balanço confirma a tendência de envelhecimento em 2023 e o índice de envelhecimento, que compara a população acima dos 65 anos com a faixa etária até aos 14 anos, também continuou a aumentar.

“Em 2023, por cada 100 jovens residiam em Portugal 188,1 idosos”, refere o relatório, que acrescenta que a idade mediana da população residente em Portugal fixou-se nos 47,1 anos, acima dos 46,9 em 2022.

Além do aumento da esperança média de vida, o envelhecimento da população está igualmente associado à baixa natalidade, ainda que, no ano passado, tenham sido contabilizados mais 2,4% de nados-vivos em relação a 2022.

Perto de um terço dos nascimentos eram filhos de mães residentes em Portugal de nacionalidade estrangeira — percentagem que registou o maior aumento entre 2022 e 2023, de 24,5% para 29,2% — e 70,8% filhos de mães nascidas no país.

Já a taxa de fecundidade geral registou o valor de 38,57 nados-vivos por mil mulheres em idade fértil e, em relação ao ano anterior, as subidas foram mais acentuadas nos grupos etários dos 20 aos 24 anos e dos 25 aos 29 anos.

Em 2023, o número médio de filhos por mulher em idade fértil rondou os 1,44 filhos, o valor mais elevado no período analisado, desde 2015, em que a idade média das mulheres ao nascimento do primeiro filho passou de 29,5 para 30,2 anos.

Registaram-se 118.295 óbitos de pessoas residentes em Portugal (50,1% de homens e 49,9%), que corresponde a uma redução de 4,9% face ao ano anterior e a uma taxa bruta de mortalidade de 11,2 óbitos por mil habitantes.

Perto de metade das mortes ocorreu em idades iguais ou superiores a 85 anos, sendo que entre as mulheres 55,4% dos óbitos ocorreu após os 85 anos e 66,4% dos óbitos dos homens em idades inferiores.

Com 210 óbitos contabilizados durante o primeiro ano de vida, a taxa de mortalidade infantil passou para 2,5 óbitos por mil nados-vivos.

“No triénio 2021-2023, a esperança de vida à nascença foi estimada em 81,17 anos, 78,37 anos para os homens e 83,67 anos para as mulheres”, acrescenta o relatório.

As Estatísticas Demográficas 2023 mostram ainda um ligeiro aumento de 0,1% no número de casamentos celebrados no ano passado, em que manteve-se a tendência das últimas décadas de adiamento da idade ao casamento: 35,8 anos para os homens e 34,3 anos para as mulheres.

Já o número de divórcios voltou a descer, depois de um aumento entre 2021 e 2022, contabilizando-se 17.430 divórcios de casais residentes em Portugal, e em idade média de 49,3 anos entre os homens e 47,0 anos entre as mulheres.





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