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Trinta e cinco dos 47 portugueses que optaram por deixar o Irão após o ataque a Israel no sábado partiram para Istambul onde, ainda esta segunda-feira, apanharão um voo para Lisboa, segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
De acordo com José Cesário, os restantes oito portugueses deverão também chegar a Istambul esta segunda-feira à noite ou terça-feira e depois viajar para Lisboa.
Estes portugueses que quiseram deixar o Irão após os ataques deste país a Israel estão a regressar pelos seus meios, em companhias aéreas comerciais, não tendo sido necessário, para já, a intervenção do Estado português. José Cesário sublinhou que a situação em Israel “melhorou, existem voos comerciais e as escolas estão abertas”.
No domingo, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu que “está tudo preparado se for preciso” retirar portugueses expatriados de Israel.
Segundo José Cesário, em Israel “há uma comunidade de cerca de 30 mil cidadãos com nacionalidade portuguesa” e “alguns portugueses expatriados em turismo ou a trabalhar”, estando neste último caso referenciadas 13 pessoas.
O Governo português está “atento à evolução da situação”, estando “tudo preparado se for preciso uma evacuação”, havendo os meios para o efeito, disse. O governante sublinhou ainda que esse acompanhamento da situação será feito em “articulação com os parceiros da União Europeia”.
O Irão lançou no sábado à noite um ataque com drones contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.
Ponto de situação. O que aconteceu no ataque iraniano a Israel?
Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, “de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.
As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.