O LU.CA – Teatro Luís de Camões anunciou esta quinta-feira, 12 de dezembro, a sua programação para janeiro, fevereiro e março de 2025, com 14 propostas distintas que vão do teatro às exposições, de sessões de leitura às de cinema, sempre com o público infantil como destinatário principal de todas as propostas.
Boa parte destas iniciativas estão integradas no Ciclo das Comidas, um programa a cargo de Joana Barrios que dominará o teatro lisboeta no mês de janeiro e que vai gravitar à volta a alimentação. “Comer é identitário e comunitário, é saúde e sorte, é ritualístico e é sobre laços e gostos”, defende a atriz, autora e personalidade televisiva na nota enviada às redações.
Sendo o ato de comer tão dominante nas nossas vidas, vai ser abordado de várias perspetivas, a primeira as quais logo a 4 de janeiro, com a sessão Contos de boca em orelha, organizada com Cristina Taquelim, e com a exposição Não se brinca com a comida?!.
Outro dos destaques do mês é o espetáculo de Barrios concebido em conjunto com Rogério Nuno Costa. Descrito como um espetáculo que “cruza receitas populares e receitas de TikTok, conhecimentos ancestrais de gastronomia, vídeos ASMR e ainda uma participação especial em vídeo de Rita Blanco”, Atenção: a sua receita será transmitida! estará em cena de 17 a 26 de janeiro.
A mesma dupla, adianta o LU.CA, vai lançar À Roda dos alimentos, um podcast subordinado à mesma temática da alimentação, no dia 6 de janeiro. Em matérias de discussão à mesa, serão também promovidas três conversas com a antropóloga e investigadora Patrícia Azevedo da Silva onde “a riqueza da comida é o mote para discutir tantos outros temas interligados como a memória, a produção, a nutrição e as questões de classe”.
Em fevereiro, o teatro dedicará a sua atividade a duas propostas irmãs. Roda-Viva (a Menina e o Círculo) regressa ao LU.CA após uma digressão nacional, sendo que esta produção de Cláudia Nóvoa — que “combina circo, dança, desenho e música, numa viagem pelo território dos sonhos e da imaginação” — tem mais de 20 de sessões alinhadas para esse mês.
Noutro espaço do teatro, Rachel Caiano, pertencente à equipa de Roda-Viva, traz a exposição Viagens à volta de uma linha, presente no LU.CA de 8 a 27 de fevereiro, tratando-se de uma mostra que parte “do imaginário do espetáculo” para mostrar que “com uma simples linha é possível desenhar muitas coisas, incluindo um sonho”.
Em março, há regressos — os Bailes de Carnaval, com a curadoria do La Flama (2 de março) e de Ana Markl (4 de março) — e estreias. Uma delas é uma “revisão bastante livre” de O Principezinho, famosa obra literária de Antoine de Saint-Exupéry. Com a peça O dia em que decidi encenar “O Principezinho”, o encenador e dramaturgo Mário Coelho explora a história de uma encenadora a debater-se “com a adaptação para teatro deste texto intemporal, ao mesmo tempo que lida com as suas memórias e enfrenta um processo de luto”.
O que vai na cabeça de uma princesa, a nova exposição de Mariana, a miserável, estará no LU.CA durante praticamente todo o mês, procurando a ilustradora” imaginar quais serão as aflições e inquietações das princesas do nosso tempo.”
De acordo com o comunicado do LU.CA, regressam ainda em 2025 as “tradicionais sessões de leitura no Entrepiso com a contadora de histórias Bru Junça (8 e 9 fevereiro, 8 e 9 março)”, assim como um fim de semana dedicado ao cinema com o festival PLAY, a 29 e 30 de março.