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Moscovo lançou durante a madrugada deste domingo um ataque, descrito como “massivo” por Volodymyr Zelensky, contra a infraestrutura energética da Ucrânia. Em consequência, pelo menos sete pessoas morreram, 10 ficaram feridas e três regiões do país invadido pela Rússia ficaram sem energia. O Ministério da Defesa russo confirmou o ataque.
“Um ataque combinado massivo teve como alvo todas as regiões da Ucrânia”, começou por escrever o Presidente ucraniano numa publicação no X, acrescentando que no total a Rússia lançou “120 mísseis e 90 drones”, incluindo Shaheds, mísseis de cruzeiro, balísticos e mísseis balísticos. “O alvo do inimigo era a nossa infraestrutura de energia na Ucrânia”, afirmou.
A massive combined attack targeted all regions of Ukraine. Overnight and this morning, Russian terrorists used various types of drones, including Shaheds, as well as cruise, ballistic, and aeroballistic missiles—Zircons, Iskanders, and Kinzhals. In total, approximately 120…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 17, 2024
“Em Mykolaiv, um ataque de drone matou duas pessoas e feriu outras seis, incluindo duas crianças”, avançou o Presidente ucraniano. Na região de Dnipro, um ataque a um terminal ferroviário fez dois mortos e três feridos, na região de Lviv uma mulher de 66 anos morreu depois de fragmentos de um míssil russo terem caído sobre o seu carro e a sul da região de Odessa duas pessoas morreram e um rapaz de 17 anos ficou ferido.
Nas regiões de Kiev, Donetsk e Dnipro as populações ficaram sem energia, com a maior empresa privada de energia da Ucrânia a confirmar que os ataque russos danificaram “gravemente” várias das centrais térmicas. “A Rússia disparou contra as centrais térmicas da DTEK. Os ataques danificaram gravemente as centrais. Após o fim dos ataques, os funcionários da empresa começaram imediatamente a reparar os danos e a restaurar o equipamento”, pode ler-se.
Foi essa infraestrutura que foi atingida e, em consequência, as regiões ucranianas de Kiev, Donetsk e Dnipro ficaram sem energia, avançou a maior empresa privada de energia da Ucrânia. Numa mensagem partilhada no X, a DTEK confirmou que os ataques russos danificaram “gravemente” várias das centrais térmicas. “A Rússia disparou contra as centrais térmicas da DTEK. Os ataques danificaram gravemente as centrais. Após o fim dos ataques, os funcionários da empresa começaram imediatamente a reparar os danos e a restaurar o equipamento”, pode ler-se.
Na mesma plataforma, o ministro da Energia afirmou que “está em curso um ataque massivo ao nosso sistema energético” e que as forças russas estavam “a atacar instalações de produção e transmissão de eletricidade em toda a Ucrânia”.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou que se tratava de um ataque a “cidades pacíficas” e criticou os políticos que se envolveram com Vladimir Putin, em recado para Olaf Scholz que na sexta-feira falou por telefone com o presidente russo.
Russia launched one of the largest air attacks: drones and missiles against peaceful cities, sleeping civilians, critical infrastructure. This is war criminal Putin’s true response to all those who called and visited him recently. We need peace through strength, not appeasement.
— Andrii Sybiha ???????? (@andrii_sybiha) November 17, 2024
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmou que a maioria dos reatores nucleares sob controlo das autoridades ucranianas reduziu a produção, após o ataque maciço da Rússia. Segundo um comunicado do diretor-geral da agência internacional, Rafael Mariano Grossi, apenas dois dos nove reatores estão a produzir eletricidade em plena capacidade, seis outros viram a sua capacidade reduzida entre 40% e 90% e o nono está encerrado para manutenção.
“As centrais nucleares necessitam de ligações fiáveis à rede, tanto para fornecer a eletricidade que produzem como para receber energia externa para o arrefecimento dos reatores. A crescente fragilidade da rede tem sido um dos principais desafios à segurança nuclear ao longo do conflito armado”, lamenta a agência.
Grossi deixou ainda um apelo: “neste momento crítico, reitero a importância de respeitar os sete pilares indispensáveis da segurança nuclear durante o conflito, em particular o quarto pilar, que afirma que deve haver um fornecimento seguro de energia da rede a todas as instalações nucleares”.
O ataque combinado de drones e mísseis foi o mais poderoso dos últimos três meses, de acordo com o chefe da Administração Militar de Kiev, Serhii Popko.