Esta terça-feira falamos da Entidade Reguladora para a Comunicação Social que emitiu na semana passada um comunicado onde pretendia das instruções aos jornalistas sobre a forma como deviam ou não deviam cobrir um incêndio florestal. Esse comunicado veio colocar ainda mais gasolina na fogueira das polémicas que rodeiam aquele organismo, polémicas que já discutimos em agosto no contra-corrente, na altura por causa de duas deliberações sobre duas entrevistas que passaram na RTP, uma a Marta Temido e outra a André Ventura. No entanto, não é só em Portugal que se discute a relação dos poderes públicos com órgãos de informação. No Reino Unido, no quadro de motins contra imigrantes, houve cidadãos que foram sumariamente presos por causa de um post numa rede social. Em França, o CEO do Telegram, um russo que já tinha tido de fugir da Rússia, foi preso e acusado, entre outras coisas, de não combater a desinformação. No Brasil, as coisas foram ainda mais longe, um juiz do Supremo Tribunal proibiu a rede social X, antigo Twitter. Não há por isso como voltar a debater estes temas da liberdade de informação e também do papel e responsabilidade dos jornalistas. De que lado é que está a razão? Dos que não querem quaisquer limites à liberdade de informação ou dos que querem mais regulação e regras mais rígidas?
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