Moradores dizem que homens armados em motocicletas chegaram à vila de Maidabino, no estado de Katsina, e começaram a atirar esporadicamente.
Pelo menos sete pessoas foram mortas e 100 sequestradas na noite de sábado, quando homens armados atacaram uma comunidade rural no estado de Katsina, no noroeste da Nigéria, disseram residentes e a polícia no domingo, no mais recente ataque contra residentes no norte do país.
O porta-voz da polícia estadual, Abubakar Aliyu Sadiq, confirmou o ataque e as sete mortes, mas não disse se alguém estava desaparecido. Ele disse que a polícia estava investigando.
“Os restantes homens que não fugiram vivem com medo… e aguardam notícias sobre os seus entes queridos raptados”, disse Muhammad Sani, cuja irmã foi raptada.
Moradores disseram que homens armados em motocicletas chegaram à vila de Maidabino, na área governamental local de Danmusa, em Katsina, e começaram a atirar esporadicamente, forçando os moradores a fugir.
Hassan Aliyu disse à agência de notícias Reuters por telefone que o ataque pegou os moradores de surpresa e dezenas de mulheres e crianças foram confirmadas como desaparecidas.
“Eles mataram sete pessoas, incluindo a queima de duas crianças”, disse Aliyu. “Eles passaram mais de seis horas destruindo nossas propriedades.”
Auwalu Ismail, outro residente, disse que os homens armados primeiro bloquearam todas as estradas que levavam a Maidabino antes do ataque.
“Eles incendiaram nossas lojas, veículos e levaram nosso gado. Eles também sequestraram minha esposa e mais de 100 mulheres e crianças”, disse ele.
Nos últimos anos, estes raptos concentraram-se nas regiões noroeste e central da Nigéria, onde dezenas de grupos armados têm frequentemente como alvo aldeões e viajantes em busca de grandes resgates.
Em Março, homens armados atacaram uma escola no estado de Kaduna, no noroeste, e raptaram dezenas de alunos quando estes estavam prestes a iniciar o dia escolar, segundo residentes e autoridades locais.
No ano passado, homens armados levaram mais de 80 estudantes numa operação contra uma escola no estado de Kebbi, no noroeste do país.