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Sociedade civil pede “pausa humanitária” nos bloqueios rodoviários na Bolívia – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 30, 2024

A comissão de defesa dos direitos humanos e 25 organizações da sociedade civil da Bolívia pediram aos apoiantes do ex-presidente Evo Morales (2006-2019) uma “pausa humanitária” nos bloqueios rodoviários que duram há 16 dias.

Os grupos pediram “uma pausa solidária/humanitária para facilitar a passagem de ambulâncias, alimentos, medicamentos e bens de primeira necessidade”, tendo em conta que os bloqueios rodoviários, no centro da Bolívia, “geram maiores danos à população em situação de vulnerabilidade”, num comunicado conjunto divulgado na terça-feira.

Este pedido está de acordo “com a relatora especial da ONU para os Direitos à Liberdade de Reunião e Associação”, Gina Romero, acrescentaram.

No domingo, Romero defendeu na rede social X ser “fundamental estabelecer corredores humanitários para a passagem de ambulâncias e outros veículos de emergência, bem como de alimentos, medicamentos e bens de primeira necessidade”.

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Os pedidos foram expressos num comunicado sobre a “situação de conflito na Bolívia” emitido por entidades como a Conferência Episcopal Boliviana, a Assembleia Permanente de Direitos Humanos da Bolívia e a Confederação Sindical dos Trabalhadores da Imprensa.

Os apoiantes de Morales declararam um bloqueio rodoviário por tempo indeterminado para exigir que o Governo do Presidente Luis Arce retirasse os processos judiciais por tráfico de seres humanos e violação legal contra o líder do Movimento para o Socialismo (MAS), no poder.

Os setores próximos de Morales consideram que as investigações determinadas pelo Governo fazem parte de uma perseguição política para impedir que o ex-chefe de Estado seja candidato presidencial em 2025.

Entretanto, Evo Morales pediu na terça-feira uma investigação “internacional e independente” sobre uma alegada a tentativa de assassínio de que disse ter sido vítima, no domingo, no centro da Bolívia, algo que o Governo descreveu como encenada.

O Governo afirmou que a comitiva de Morales ignorou uma operação de controlo policial antidroga, acelerou e abriu fogo, ferindo um agente.





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