Os dois maiores partidos que se candidatam às eleições europeias estão a perder “terreno” nas intenções de voto, de acordo com a mais recente sondagem da Intercampus (para Correio da Manhã e Jornal de Negócios). Ainda assim, o Partido Socialista – cujo rosto para estas europeias é a ex-ministra da Saúde Marta Temido – deverá ser o mais votado, de acordo com a mesma sondagem. Em destaque, porém, está a forte subida da Iniciativa Liberal, que “salta” para quase 12% e ultrapassa o Bloco de Esquerda.
Na última edição desta mesma sondagem, o PS tinha 27,5% das intenções de voto mas caiu, agora, para os 22,2%. Por outro lado, a coligação entre o PSD, o CDS-PP e o PPM recuou de 23,2% para 21,2%, uma queda menos abrupta do que a do PS mas, ainda assim, revelando que há ligeiramente mais eleitores a pensar votar em Marta Temido do que no cabeça-de-lista da AD, Sebastião Bugalho.
As intenções de voto no PS e na AD distam uma da outra apenas um ponto percentual, o que configura um empate técnico entre as duas forças que na anterior sondagem reuniam mais de metade dos votos e, agora, não vão muito além dos 43%.
O principal beneficiário deste movimento para fora dos partidos mais centristas é a Iniciativa Liberal, cujo cabeça-de-lista às europeias é o antigo líder João Cotrim Figueiredo. As intenções de voto na Iniciativa Liberal “saltaram” para 11,6%, ainda assim abaixo dos 17,4% do Chega, partido de André Ventura que tem como cabeça-de-lista António Tânger Corrêa.
À esquerda, o Bloco aparece como quinto partido mais votado, com 9%, e o Livre tem 6,6% das intenções de voto. O PAN, por seu turno, tem 3,9% e a CDU arrisca ficar de fora do Parlamento Europeu por ter apenas 3,6% das intenções de voto.
Uma sondagem da Católica, divulgada na terça-feira, também dá o PS e a AD em “empate técnico”, embora com a AD na liderança.
Europeias: sondagem da RTP dá AD à frente do PS, mas apenas separados por 1%