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Suplementos da PSP e GNR. À quinta reunião, um dos sindicatos volta a não aceitar proposta, mas negociações continuam – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 9, 2024

Em atualização 

No quinto encontro para negociar o aumento do suplemento de risco das forças de segurança, Governo e um dos sindicatos da PSP, o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) não chegaram a acordo. A proposta do Ministério da Administração Interna é a mesma que foi apresentada na última reunião e este sindicato voltou a não aceitar. No entanto, as negociações continuam com as restantes estruturas sindicais — algumas ainda não foram recebidas pela tutela — e, de acordo com o que o Observador conseguiu apurar, há hipótese de alguns sindicatos aceitarem a proposta de Margarida Blasco, ministra da Administração Interna: aumento de 200 euros na componente fixa do suplemento já este ano e mais dois aumentos de 50 euros nos próximos dois anos. Ou seja, no total, é um aumento de 300 euros e a este valor é acrescentada a já existente componente variável, que corresponde a 20% do salário de cada um dos trabalhadores.

Estes valores são os mesmos que já tinham sido apresentados na última reunião e que os sindicatos recusaram. Aliás, Luís Montenegro já tinha avisado na semana passada que o Governo não ia dar “nem mais um cêntimo” aos polícias, além dos 300 euros já propostos pelo Ministério da Administração Interna. E esta terça-feira Margarida Blasco voltou a sublinhar que não aumentaria a proposta, tal como tem dito nas últimas semanas.

Ao contrário daquilo que aconteceu nas últimas quatro reuniões, a ministra da Administração Interna optou por reunir individualmente com cada um dos sindicatos, uma vez que praticamente todas as estruturas sindicais apresentaram propostas de aumento diferentes. O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia foi o primeiro a ser recebido pela tutela, numa reunião que começou às 10h30 e ainda dura.

Estão ainda previstas outras reuniões com os restantes sindicatos. Durante a primeira reunião, Bruno Pereira, representante do SNOP, saiu para transmitir a alguns dos sindicatos que aguardavam no exterior que a proposta do Governo não aumentou nem um cêntimo e para discutir possibilidades.

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Na semana passada, várias propostas para aumentar o suplemento de risco das forças de segurança foram discutidas e votadas na Assembleia da República. Nenhuma foi aprovada. Do lado do Chega, estava a proposta mais ambiciosa: um suplemento equivalente a 19,6% do ordenado do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR. Tendo em conta que o valor é fixado pela tabela remuneratória única e pela posição 86 — que corresponde a 5.216,22€ brutos mensais —, o valor do suplemento seria de 1022 euros.

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Já o PCP propôs um aumento faseado: fixar o suplemento em 200 euros este ano, aumentar para 300 euros em janeiro de 2025 e saltar para os 450 euros em janeiro de 2026. E o PAN queria um suplemento de risco dividido por três categorias — à semelhança das primeiras duas propostas do Governo: 10% para oficiais, 12% para chefes e sargentos e 15% para agentes e guardas.



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