O teatro justificou esta decisão “na sequência de pressões inadmissíveis e ameaças graves” por parte de alguns ativistas que “apresentaram também uma queixa contra Wajdi Mouawad junto do Ministério Público militar”.
“Os atores foram assediados por telefone” disse à AFP a diretora do teatro, Josyane Boulos. “Depois da queixa contra Wajdi Mouawad não podemos correr mais riscos”, acrescentou.
A organização não governamental The Comission of Detainees Affairs anunciou esta segunda-feira que solicitou ao Ministério Público militar a “abertura de um inquérito judicial contra Wajdi Mouawad em nome de sete antigos detidos em Israel, por delito de comunicações com o inimigo israelita, em violação da lei do boicote a Israel”.
Os queixosos pedem ao Ministério Público que “dê instruções às autoridades competentes para proibir a peça e prender” o dramaturgo.
A ONG afirma que as peças de Wajdi Mouawad são “financiadas pelo inimigo israelita” e que “promovem a normalização com Israel”.