É sexta-feira, passa pouco das 10h30, a cozinha do Hospital de Dia do serviço de Psiquiatria do Hospital Distrital de Santarém ficará a postos dentro de momentos. A ementa, hoje, é sopa de peixe, sopa de abóbora, arroz de frango. Os utensílios estão preparados. A abóbora cortada às fatias vai a assar no forno com aromáticas. Cortam-se coentros, cenouras, tomates, cebolas, pimentos. O frango aos bocados. Ligam-se os bicos do fogão. Nos azulejos, a marcador preto, estão receitas dos caldos de legumes, de peixe e de carne, da canja e respetivo caldo, da broa de milho e do pão – porque ali também se faz pão com massa mãe. É hora de mais uma sessão do IN_Cooking, oficinas de cozinha, que pensa a vida lá fora e vê para além da parte clínica.
Joana Margarido, 37 anos, mexe o refogado de frango com legumes com uma colher de pau. É uma das alunas mais recentes da turma. “Não é assim tão difícil, vim um pouco a medo”, confessa. O chef explica que usa arroz carolino, a mãe de Joana prefere basmati. “É mais fácil”, diz. Roselyne de Linière, 49 anos, tratada por Rose, dispõe os coentros numa tábua azul, corta-os a eito, pica-os em várias posições. “Têm de ser mais fininhos?”, pergunta Rose. Estão bem assim, garante o chef.
É preciso coar os caldos, Rose vai buscar um passador, já conhece os cantos à cozinha. Rose é francesa, mãe de dois adolescentes, está em Portugal há 25. Cozinhar faz-lhe bem, traz-lhes memórias do pai cozinheiro de comida gourmet em Paris. “Adoro cozinhar, sempre gostei, esta é uma oportunidade para mim, e o chef é super pedagógico”, conta.
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