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“O turismo doméstico é muito importante” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 2, 2023

O turismo nacional é muito importante e deve ser valorizado, defendeu, este sábado, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, apelando aos empresários do setor para refletirem sobre a quebra registada no Algarve este ano.

“No que diz respeito ao turismo nacional, de facto temos alguns sinais de quebra das dormidas de residentes [portugueses] no Algarve, o que não significa que os portugueses estejam a viajar menos. Podem estar a viajar para outras regiões do país e até para o estrangeiro”, afirmou à agência Lusa.

Porém, também reconheceu que esta descida coincidiu com um aumento de quase 40% da receita média por quarto no Algarve, ou seja, a um aumento dos preços do alojamento. “Ora, isso convida a uma reflexão conjunta de instituições, de empresários, de todos, porque o turismo doméstico é muito importante“, vincou, defendendo que “Portugal tem que continuar a cuidar e a valorizar o seu turismo interno”.

Nuno Fazenda falava em Londres, à margem do Festival FTWeekend, onde Portugal esteve em destaque este sábado enquanto patrocinador da organização.

O Festival FTWeekend em Londres é um evento anual de debates organizado pelo jornal Financial Times que reúne escritores, políticos e artistas e ao qual afluíram alguns milhares de pessoas.

O programa variado incluiu sessões sobre moda, cerâmica, investimento, imobiliário, saúde, tecnologia, gastronomia ou literatura em tendas dispostas ao ar livre no parque natural de Hampstead Heath.

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Entre os intervenientes no festival estiveram o escritor português José Luís Peixoto, os ‘chefs’ Henrique Sá Pessoa e José Avillez, e o diretor executivo e fundador da agência de viagens Tempo-Vip, Danilo Cerqueira.

A parceria com o jornal Financial Times neste evento permite “posicionar Portugal em segmentos muito importantes de turismo literário, enoturismo, gastronomia e vinhos”, explicou o secretário de Estado. Isto “remete-nos para territórios onde há um enorme potencial em Portugal e que nós queremos valorizar turisticamente”, adiantou.

O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal, tendo em julho representado uma quota de 18,9%, mais 4,7 pontos relativamente a julho de 2019, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na quinta-feira.

O Algarve continua a ser o destino português preferido por 50% dos britânicos que visitam Portugal, mas o secretário de Estado vincou que o número de dormidas dos britânicos “está a crescer de forma muito expressiva noutras regiões, nomeadamente no Alentejo e no Norte, e está também a crescer em outras alturas do ano”.

“Aquilo que nós queremos do ponto de vista estratégico é continuar a crescer, mas crescer bem, com sustentabilidade e autenticidade e ao longo do território, puxar pelas regiões menos desenvolvidas, mas sem deixar de consolidar os destinos principais Algarve, Lisboa, Porto e Madeira”, explicou.

Fazenda reconheceu que “em determinado período e em determinadas zonas, verifica-se em alguns pontos alguma concentração” de turistas em Portugal, reforçando a importância de distribui-los pelo resto do país.

Porém, rejeitou comparações com Barcelona, Paris ou Amesterdão em termos de excesso de turismo.

“Lisboa e Porto são destinos turísticos que temos que continuar a preservar, sustentáveis e autênticos, e que não são comparáveis com outros destinos do mundo em termos de ‘overtourism’”, ou seja turismo excessivo, argumentou.



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