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Pais criticam falha de informação no acesso a vouchers para manuais escolares. Há quem desista e compre livros pelos próprios meios – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 5, 2023

Sublinhados, pintados, com colagens e até recortados. Os manuais do 3.º e 4.º anos foram usados em pleno pelos alunos durante o último ano de aprendizagem. A informação recebida no arranque do ano letivo 2022/2023 era de que os estudantes não teriam de os devolver e, como tal, podiam escrever neles, sem que se antecipasse que isso fosse interferir com o acesso aos vouchers para levantar os livros gratuitos do ano letivo seguinte (e que agora está prestes a começar). Mas as regras mudaram. O Ministério da Educação veio explicar que teriam mesmo de ser devolvidos, sendo que desde que os manuais escolares se tornaram gratuitos se previa que, na altura da entrega, não pudessem ter grandes vestígios de uso. Multiplicaram-se, então, histórias de pais a tentarem apagar as marcas que conseguiam em contrarrelógio para os entregar no prazo estabelecido e também relatos de escolas que, considerando que alguns manuais não estavam em condições de ser entregues, não atribuíam vouchers.

Paula Caniço, mãe de uma criança do 3.º ano, nem tentou devolvê-los. “Estavam sublinhados, estavam escritos, estavam inclusivamente recortados. Não estavam em condições de serem reutilizados e, portanto, eu disse logo que não os ia devolver“, diz ao Observador. Joana Bento, por outro lado, ainda tentou entregar os manuais do filho, que transitou agora para o 4.º ano, mas, devido à profissão que a obriga a fazer deslocações frequentes para fora de Lisboa, não teve como apagá-los e entregá-los no horário exigido pela escola — de segunda a sexta-feira, entre as 9h30 e as 16h. Recorda, no entanto, como na turma do filho, de cerca de 20 alunos, as regras não foram aplicadas de igual modo em todos os casos. “Na mesma secretaria, do mesmo agrupamento, alguns pais conseguiram entregar livros sem estarem apagados e mesmo assim tiveram acesso aos vouchers e a outros, na mesma situação, foi-lhes negado. Não faz sentido nenhum”, sublinha.

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