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Primeira-ministra da Estónia acusa oposição de “caça às bruxas” no caso das ligações do marido a empresa russa – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 14, 2023

As relações comerciais do marido de Kaja Kallas à Rússia continuam a dar que falar. Desta vez, primeira-ministra da Estónia veio a público para defender que se trata de uma “caça às bruxas” levada a cabo pela oposição do país.

“Isto é uma caça às bruxas por parte da oposição”, atirou em declarações ao jornal The Guardian, justificando que se trata de uma “desculpa para perder tempo no parlamento” e que pretende “obstruir a agenda progressista”.

O caso veio a público em agosto e tem obrigado a primeira-ministra a defender-se por diversas vezes, desde logo devido aos pedidos de demissão de que foi alvo, em particular do líder da oposição, Urmas Reinsalu, que não “vê outra opção” para travar a dimensão que o tema atingiu.

Kaja Kallas lidera um governo pró-Ucrânia — aliás, quando foi a votos fez da Rússia a principal inimiga da Estónia, assumiu a dianteira do apoio à Ucrânia e a confrontação com o país liderado por Putin e a estratégia acabou por compensar, com a derrota da extrema-direita —, mas desde que veio a público que uma empresa de transportes Stark Logistics, parcialmente controlada pelo marido, Arvo Hallik, continuava a operar na Rússia após a invasão, complicou a vida da chefe de Governo em termos políticos.

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No final de agosto, depois das primeiras notícias sobre o caso, Kaja Kallas dizia não ter conhecimento pormenorizado dos negócios do marido, mas acredita que a empresa não tenha feito nada de errado: “A empresa nem sequer compra combustível à Rússia para evitar deixar um único euro ou moeda na Rússia.”

No comunicado citado pela Sky News, a primeira-ministra da Estónia revelou ainda que o marido estava a tentar vender a sua parte da empresa, ainda que tivessem falado sobre o tema e concluído que estariam a fazer o melhor: “Discutimos a questão do transporte para o nosso cliente [na Rússia] em várias ocasiões e acreditámos que estávamos a fazer a coisa certa, a ajudar as pessoas certas e a salvar uma boa empresa estónia, caso contrário não o poderíamos ter feito.”

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