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As táticas e movimentos antes da chuva. Os progressos são lentos e Kiev já teve de mudar a estratégia para furar as linhas defensivas russas – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 23, 2023

“A guerra não é sempre os triunfos espetaculares.” A frase, de George Barros, analista do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), think tank que há mais de um ano acompanha os desenvolvimentos do conflito na Ucrânia, pode ser usada para resumir os últimos meses da ofensiva e contraofensiva ucraniana. Iniciada em meados de junho, não tem tido o progresso esperado por Kiev e pelos seus aliados ocidentais, com avanços lentos e muito desgastantes, ainda assim pontuado pela recuperação de algumas pequenas localidades estratégicas.

Em alguns setores, os avanços das tropas ucranianas não passam dos 100 metros por dia, como chegou a apontar o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg. O progresso é muito diferente do ritmo alucinante com que no ano passado os militares foram recuperando território às forças inimigas — em três dias de setembro, conseguiram recuperar o controlo de mais de um terço da região ocupada de Kharkiv — e deixou a fasquia elevada para este ano. Mas os especialistas alertaram cedo que o mesmo cenário podia não se repetir em 2023. As intrincadas linhas de defesa russas, com sistemas de trincheiras, fossos e campos minados, construídas para dificultar ao máximo um avanço, reduziram drasticamente o ritmo de progressão das forças de Kiev no terreno.

Ainda assim, as forças ucranianas ultrapassaram algumas posições russas ao longo da linha de avanço a sul, a frente mais promissora. Também reivindicaram a libertação de algumas pequenas localidades no Donbass, perto da disputada cidade de Bakhmut (região de Donetsk) e há muito que essas reconquistas vão acontecendo por trás das cortinas, longe dos holofotes. “É em grande parte devido às coisas chatas que não vemos e a todo o trabalho base que estabelece as condições para os triunfos”, como acrescenta George Barros.

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