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condenou-o a quatro anos e meio de prisão efetiva – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 22, 2023

Ainda hoje, passados quase três anos desde o acidente, Maria não se lembra do mês seguinte àquela manhã em que soube que o filho tinha morrido. Na véspera, Rodrigo tinha estado a jantar com Maria, com o padrasto e os filhos dele. Chegou cedo, ainda saiu para comprar umas pizzas, fizeram uma videochamada para a irmã de Rodrigo, a viver no Reino Unido, dançaram em frente ao ecrã, partilharam histórias e, depois, o jovem professor do primeiro ciclo despediu-se da família: ia passar na casa de um amigo e seguiria direto para Bucelas, onde morava. Tinha de acordar cedo. “Mãe, vou a Campolide ter com o Rolo e, depois, vou para casa porque tenho testes para corrigir.”

Foram as últimas palavras que Maria trocou com o filho. A notícia do que aconteceu a seguir só chegou às primeiras horas de domingo, 7 de março de 2021. “Quando acordei, tinha várias chamadas não atendidas do pai do Rodrigo”, conta Maria ao Observador. A polícia tinha-se deslocado a sua casa, mas a morada estava desatualizada. Acabaram por chegar ao contacto com o pai. Assim que acordou e olhou para o telemóvel, Maria devolveu a chamada. “Não sei bem o que ele me disse, já tentei refazer essa memória… Falou num acidente, estava a chorar muito.” O apagão na sua memória começa nesse momento.

Rodrigo despediu-se do amigo já ao final da noite, pegou no carro e começou a percorrer o trajeto entre Campolide e Bucelas, onde vivia com outro amigo. Mas já não chegou a casa.

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