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Costa era “previsível”, Montenegro “vai dar trabalho” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 24, 2024

Marcelo Rebelo de Sousa já traçou o perfil político de Luís Montenegro: “Vai ser um político de silêncios.” Não segue a linha de António Costa e, segundo o Presidente da República, o atual primeiro-ministro tem “um estilo que não é lisboeta nem portuense”. “É uma pessoa que vem completamente de um país profundo, urbano-rural, urbano com apontamentos rurais“, acrescentou.

A definição de Luís Montenegro foi feita esta terça-feira, a propósito de um jantar com jornalistas estrangeiros a viver em Portugal. Além de ter revelado que cortou relações com o filho, Marcelo falou ainda da fase de adaptação que está a passar neste momento em relação ao novo primeiro-ministro. “Não imaginam como é difícil adaptar-me a um novo primeiro-ministro”, disse.

Para o Presidente da República, Luís Montenegro vai “vai ganhar os debates parlamentares todos”, uma vez que “é um grande orador”, mas também vai saber escolher o silêncio muitas vezes, admitindo uma “gestão do silêncio”. “Quando entende que é um erro falar, prefere o silêncio”, acrescentou.

As diferenças entre António Costa e Luís Montenegro são muitas, segundo Marcelo, e começam com o efeito surpresa. Ao contrário do antigo primeiro-ministro, que “informava sempre”, Luís Montenegro “é totalmente independente”. “Agora todos os dias tenho surpresas.”

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Para Marcelo, António Costa era “previsível”. Montenegro, pelo contrário, “vai dar trabalho”.

“Ele formou o governo de uma forma impensável. Convidou cada ministro sem ninguém saber, dos outros ministros, quem é que era o ministro da pasta. Encontraram-se de surpresa no fundo da história. Ele começou a convidar os ministros na manhã do dia em que me ia entregar a lista. É um risco. Mas correu bem”, descreveu Marcelo.

O estilo de Montenegro é, por isso, associado pelo PR ao antigo PSD. “É um líder à antiga, não é um político estilo primeiro-ministro António Costa. E muito menos estilo partidos populistas. É outro estilo: discursivo, envolvente. É um estilo de outro tempo”, descreveu. É por isso que o líder do PSD faz lembrar, disse Marcelo, “o PSD profundo”. “O antigo PSD era muito isto. O antigo PS era Lisboa, Grande Lisboa, áreas metropolitanas, e o PSD era o resto, sobretudo norte e centro norte. E ele é muito, muito, muito isto.”



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