• Sáb. Mai 18th, 2024

Villas-Boas volta a criticar Conselho de Administração da FC Porto SAD – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 4, 2024

Um jogo em Chaves em campo, outro “jogo” entre comunicados e que teve em Chaves mais um campo para continuar a ser jogado em palavras. Se a transição entre os atuais e os próximos órgãos sociais do FC Porto será pacífica, com a tomada de posse do elenco liderado por Villas-Boas marcada para terça-feira, o mesmo não se pode dizer sobre o Conselho de Administração da SAD entre um desmentido e uma confirmação.

Villas-Boas desmente SAD do FC Porto: “É falso que exista um acordo no sentido da cooptação” de Pereira da Costa

Num primeiro comunicado, o FC Porto deu nota sobre a possibilidade de entrada de José Pedro Pereira da Costa na SAD com funções executivas, havendo já um acordo nesse sentido. “Será cooptado como administrador executivo com plenos poderes já na terça-feira, ocupando uma vaga que não estava preenchida no Conselho de Administração, tendo-lhe sido já atribuído um gabinete de trabalho no Estádio do Dragão com todos os meios, bem como livre acesso a todas as áreas do universo empresarial da SAD”, advogava a missiva dada a conhecer este sábado pelos ainda dirigentes. Pouco depois, surgiu um desmentido.

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“Os atuais administradores da SAD exprimiram a sua indisponibilidade para renunciar aos cargos que ocupam. Face a essa indisponibilidade, foram procuradas e exploradas soluções alternativas que passariam, no essencial, pela cooptação de um administrador, o doutor José Pedro Pereira da Costa, e pelo acordo da Administração de, em atos de gestão não corrente, e até à Assembleia Geral da SAD, esse administrador ter poderes reforçados. Ontem [Sexta-feira] foi-nos transmitido que a administração da SAD não estaria de acordo em atribuir esses poderes reforçados, o que nos levou a comunicar inequivocamente que, nesses termos, o doutor Pereira da Costa não aceitaria a cooptação. É por isso falso que exista um acordo no sentido da cooptação”, começou por advogar a resposta de André Villas-Boas, também em comunicado.

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“O nosso entendimento é que os resultados da esmagadora votação de sábado, o facto de os mandatos nos órgãos sociais do FC Porto, SAD, terem terminado no dia 31 de dezembro de 2023, o imperativo de não comprometer a próxima época desportiva, começando imediatamente a sua preparação, e a absoluta premência e urgência da atual situação financeira do FC Porto não são compatíveis com calendários como aqueles que nos são apresentados, em que, apenas após a tomada de posse dos órgãos sociais, se poderá convocar uma Assembleia Geral da SAD para eleição dos novos órgãos sociais. Não aceitaremos qualquer solução transitória que não passe pela renúncia faseada dos atuais administradores executivos, com cooptação dos novos membros do Conselho de Administração, e sujeição a ratificação da cooptação na próxima Assembleia Geral, ou pela integração do doutor Pereira da Costa na atual Comissão Executiva com poderes reforçados que lhe permitam exercer algum controlo ou veto sobre as decisões a tomar”, destacou.

Mais tarde, na chegada ao Municipal de Chaves onde assistiu à vitória do FC Porto com Andoni Zubizarreta, futuro diretor desportivo dos azuis e brancos, João Borges e Tiago Madureira, foi o próprio presidente dos dragões, que viu um jogo num camarote com Pinto da Costa na tribuna, a fazer um ponto de situação com várias críticas ao comportamento do atual Conselho de Administração da FC Porto SAD.

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“Continuamos num impasse relativamente à cooptação da nossa Administração. Nenhum administrador da FC Porto SAD quer renunciar ao seu posto e nós só entraremos na Administração da SAD por cooptação se tivermos direito total de executivo e de veto. Não acontecendo, não podemos estar a permitir-nos ficarmos reféns de uma comissão executiva que possa assinar e continuar a ditar atos de gestão com um dos membros nossos já dentro da Administração. Portanto, dessa forma, tínhamos ficado claros que não entraríamos, não tomaríamos qualquer posição. Ficámos surpreendidos pelo comunicado, porque não nos disseram nada relativamente a terça-feira, pelo que entendemos reagir e clarificar os associados que, enquanto não houver ou renúncia ou poder total executivo e de veto por parte do José Pedro Pereira da Costa, nenhum membro da nossa Administração entrará na Administração do FC Porto”, reforçou.

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“Parece que navegamos ainda dentro da mesma Direção e Administração. Todos temos um respeito enorme pelo presidente, ninguém se importa que esteja presente na final da Taça porque estaria sempre como presidente honorário. Se fosse esse o caso, teríamos de muito gosto em convidá-lo. Agora, parece-me um arrastar de uma situação que não se justifica. Vão passar nove dias quando tomar posse do clube no dia 7 e depois estar a adiar tudo o que são decisões estruturantes, a construção de equipas de futebol feminino, a construção, provavelmente, de uma nova modalidade do FC Porto, renovações de plantel, decisões estruturantes relativamente à Academia, e todas as que têm a ver com a sociedade desportiva e o grupo FC Porto… Afinal, continuamos a estar num impasse”, lamentou André Villas-Boas.

Tudo isto é muito triste. Ninguém quer afastar as pessoas de forma abrupta. O resultado eleitoral foi expressivo. Disse recentemente que se pedia humildade aos membros da Administração do FC Porto para renunciarem ao seu cargo. Assim foi também nos diferentes clubes rivais, onde as pessoas souberam entender a vontade dos sócios, e aqui, a sociedade desportiva do FC Porto não está a entender a vontade dos sócios e está a atrasar prazos, bem como o presidente da Assembleia Geral da SAD, que já poderia ter chamado também, em antecipação, essa Assembleia Geral de destituição dos órgãos sociais”, apontou.

“Não se trata de romper com o passado, trata-se de acelerar o novo processo de vida do FC Porto, que já muito foi ditado pelos sócios e que aos quais não compreendem. Já todos tivemos maus exemplos do futebol português, onde SAD e clubes desportivos entraram em litígio. Evidentemente, isso não está em causa. Agora, é uma situação de uma vitória evidente, onde os sócios querem ver clarificada e só queremos entrar com plenos de poderes, porque só dessa forma é que começamos a implementar toda a nossa visão e todo o nosso projeto. União? O FC Porto está unido, estamos é num impasse jurídico, burocrático, que não se justifica, na minha opinião. Apela-se, sobretudo, à humildade das pessoas em renunciarem ao cargo”, frisou.



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