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“Era de 18 em 18 anos, era sem público… Diziam que jamais seremos bicampeões, vamos ver” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 6, 2024

O Sporting conquistou o segundo Campeonato nos últimos quatro anos mas, agora, a festa foi outra. Apesar dos milhares de pessoas que saíram à rua em 2021 para festejar a quebra do maior jejum de sempre do clube, havia demasiadas restrições pela Covid-19, poucas pessoas entre todas aquelas que queriam celebrar e nada de Marquês de Pombal. Essa foi a maior diferença em 2024, com os leões a festejarem junto a um ícone da cidade que tem a curiosidade de ter sido desenhado por um antigo jogador, dirigente e sócio número 1 do clube, António do Couto. E entre uma festa como nunca se tinha visto num título verde e branco, o regresso mais de duas décadas depois ao palco central de Lisboa conheceu depois das 2h30 da manhã a cereja no topo do bolo no discurso mais esperado mas ao mesmo tempo mais marcante das comemorações.

Depois do We Are the Champions com Frederico Varandas abraçado a Rúben Amorim (que tinha o filho mais novo sempre ao pé de si) e Sebastian Coates, o capitão uruguaio foi o primeiro falar aos milhares e milhares de pessoas que enchiam o Marquês de Pombal e várias ruas adjacentes. “Boa noite, sportinguistas. Somos campeões!”, atirou para a primeira grande ovação. “Obrigado a todos pelo apoio ao longo do ano. Foi um ano inacreditável para todos nós. Agora, peçam: fica Amorim!”, exclamou, para uma autêntica explosão que daria o mote ao que se seguiria. “Quero agradecer a todos os meus companheiros, a todo o staff, a todos na Academia e no estádio. Obrigado a todos vocês. Desfrutem do Campeonato”, rematou o central.

O microfone foi depois para a mão de Rúben Amorim, sendo que enquanto o técnico se aproximava de novo da parte da frente do palco havia vários risos cúmplices entre muitos jogadores pela forma como o capitão tinha “entregado” o timoneiro dos campeões às feras com um mote que ainda se continuava a ouvir quando o treinador agarrou no microfone. A mão direita tinha o microfone, a mão esquerda estava a tremer um pouco. E depois de quebrar o gelo com uma piada, havia uma mensagem séria a deixar aos adeptos.

“Bem, vamos despachar isto que tenho um avião para apanhar amanhã, tenho mesmo de ir… Bem, se calhar é muito cedo ainda para fazer esta piada”, atirou entre sorrisos, antes de se dirigir a todas as pessoas invisíveis entre o sucesso: “Quero aproveitar para agradecer que está aqui o staff todo, que não tem tanta expressão mediática e que também faz parte do sucesso. Uma salva de palmas para o staff. Têm menos folgas e ganham menos do que nós”. “Diziam que só ganharíamos o Campeonato de 18 em 18 anos, depois diziam que só ganhámos porque não tínhamos público ou que jamais seremos bicampeões outra vez. Vamos ver…”, frisou antes de deixar cair o microfone, no momento que provocou a maior explosão de alegria.

Houve muitos momentos altos na festa do Marquês, antecedida por uma viagem entre Alvalade e o centro da cidade empurrada por um autêntico mar de pessoas vestidas de verde e branco, mas a frase e a forma como Rúben Amorim pareceu deixar a entender que pode mesmo ficar no Sporting na próxima temporada foi um ponto alto de uma festa que teve uma pessoa no ar suspensa por balões verdes, um leão projetado num dos edifícios do Marquês de Pombal com a imagem de todos os campeões e um fogo de artifício que só não acabou com a festa porque os microfones foram passando pelas mãos de Pedro Gonçalves, Paulinho ou Gyökeres, três dos principais reis que prolongaram a festa para lá das 3h15 da manhã.

“É uma felicidade enorme, temos de ir festejar. Ficar no Sporting? Ainda faltam mais coisas… Tenho contrato e sou treinador do Sporting. Vamos festejar hoje… Ansioso, sim, porque o último não foi igual. Tivemos a fase da Covid-19 e não foi igual. Jogo do Benfica? Hoje vi. Vivi bem, com os meus jogadores, estávamos a jantar e correu tudo bem. Dedico a todos os sportinguistas, isto é de todos. Pazes com os adeptos? Acho que sim, vamos ver no Marquês. Eu fico, tenho contrato com o Sporting. É um título especial, o primeiro foi atípico, sem público e sem competições europeias. Desta vez teve tudo isso, conseguimos. Agora é tentar o terceiro. Acho que o dérbi em Alvalade foi um passo importante e depois fomos muito consistentes. O meu filho mais velho também ficou muito feliz e vai ao Marquês”, tinha referido o técnico ainda em Alvalade.

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