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Reitor da Universidade da Madeira defende novo mecanismo de financiamento – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 6, 2024

O reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, defendeu esta segunda-feira um novo mecanismo financeiro das instituições de ensino superior, que promova uma política de coesão territorial.

“É necessário que as instituições que beneficiaram do contrato-programa, a Universidade da Madeira e a Universidade dos Açores, possam aceder a um mecanismo que tenha por base, em sede da fórmula de financiamento do ensino superior ou, no caso das regiões autónomas, a Lei de Finanças Regionais”, disse o responsável da academia madeirense na celebração do Dia da Universidade.

Sílvio Fernandes acrescentou que esta medida pode passar por um “outro mecanismo, que garanta a previsibilidade na gestão financeira e estratégica dessas universidades”.

“Este quadro ou outro equivalente deve, com as devidas adaptações, ser aplicado às instituições de ensino superior que padecem dos constrangimentos decorrentes do facto de estarem em situação periférica, interior ou sul”, complementou.

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Sílvio Fernandes argumentou que esta proposta visa “uma política de coesão territorial de reforço das instituições de ensino superior”, independentemente da sua localização, que foram “penalizadas pelo diferencial de crescimento em comparação com a aplicação da fórmula de financiamento, pelo ‘critério histórico’”.

O reitor salientou que a Universidade da Madeira (UMa), que celebra este ano celebra o 36.º aniversário, formou 15 mil alunos e “tem um impacto positivo” na região.

Tem 74 cursos acreditados, a investigação científica representa 10 milhões de euros e 74 projetos, referiu.

O responsável destacou também que a Universidade tem, “em parte, resolvida a situação de subfinanciamento crónico”, através do contrato-programa 2023-2026.

Sílvio Fernandes mencionou que estão para acreditação os cursos de primeiro ciclo em Ciências e Tecnologias do Mar, Física Computacional e Engenharia biométrica, perspetivando que possam ser ministrados a partir de 2025/2026.

Ainda destacou que estão em fase de preparação dossiês relacionados com 4.° ano do curso de Medicina e que a Universidade da Madeira pretende iniciar este ano a Escola Internacional de turismo e a Escola Sénior.

Por seu turno, o presidente da Associação Académica, Ricardo Bonifácio, enfatizou que “nem tudo se resolve com dinheiro“.

“Encontremos soluções para os problemas da UMa, em particular afetando os estudantes. Quando se fala em sucesso estudantil, não pode ser apenas na ótica de resultados, mas envolvendo os estudantes numa grande família institucional, com toda a comunidade académica”, argumentou.

Com um discurso com muitas críticas à situação instalações da universidade, Ricardo Bonifácio enunciou, entre outras, a falta de docentes em algumas áreas, os problemas vividos pelos bolseiros, as dificuldades com pagamento de propinas e custos de alojamento.

Ainda referiu que se regista uma taxa de abandono de 50% nos mestrados e instou os professores “a serem exigentes com os governantes”.



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