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Casos de tosse convulsa disparam para 200 em apenas quatro meses. DGS já lançou um alerta – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 8, 2024

Luís Varandas admite que o número de casos possa até ser superior aos registados pela estatísticas da DGS, que recebem os dados das unidades de saúde (uma vez que esta é uma doença de notificação obrigatória). “Para diagnosticar tem de se fazer um teste PCR às secreções, o que não se faz na urgência. Faz-se aos doentes internados, aos mais graves. Nenhum hospital faz teste de rotina na urgência”, salienta o diretor da Pediatria do Dona Estefânia, o que pode indicar que a doença esteja subdiagnosticada.

Certo é que o aumento dos casos de tosse convulsa não se verifica apenas em Portugal e tem vindo a atingir toda a Europa. “Na Europa, há um aumento de casos, sobretudo na faixa etária dos 15-19 anos, em que as crianças perdem a imunidade“, diz Filipa Prata.

No final de março, vários países europeus estavam a braços com surtos da doença. Em Espanha, foram já registados mais de cinco mil casos em 2024 e um bebé perdeu a vida. Nos Países Baixos são diagnosticados cerca de 300 casos por semana, havendo registo da morte de quatro bebés. No Reino Unido, as autoridades de saúde identificaram cerca de 550 casos em janeiro, quase tantos como em todo o ano passado.

Grávidas vão ser vacinadas contra a tosse convulsa para protegerem o filho

A tosse convulsa é uma doença infeciosa aguda, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). Transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva expelidas pelo espirro ou tosse. Neste momento, o Programa Nacional de Vacinação (PNV) contempla a administração de 5 doses da vacina, aos 2, 4, 6, 18 meses e 5 anos.

“Vacinamos contra a tosse convulsa a partir dos dois meses de idade, mas a imunidade vai-se perdendo. Por isso se faz o reforço aos cinco anos e há quem defenda um reforço na adolescência”, sublinha o pediatra Luís Varandas.



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