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Ventura acusa governo brasileiro de bloquear ajuda internacional. “É falso, intenção é espalhar desinformação”, assegura Brasil – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 13, 2024

André Ventura acusou o governo brasileiro de estar a “tentar esconder aquilo que se passa” no Rio Grande do Sul, onde milhares de pessoas foram atingidas por cheias, e de não permitir que chegue ajuda internacional ao país. Em resposta ao Observador, a Presidência brasileira assegura que a acusação é “totalmente falsa” e que a intenção é “espalhar desinformação”.

Num vídeo publicado nas redes sociais, André Ventura contou que há material de apoio recolhido em Portugal que está “pronto a ser entregue” aos brasileiros, no seguimentos das cheias no Rio Grande do Sul, e que o governo do Brasil está “a tentar evitar ajuda internacional”. “Temos 120 toneladas de material de apoio pronto a ser entregue para os nossos companheiros brasileiros e a ajuda não sai de Portugal. Está pronta, está disponível, vai-se estragar em grande parte se não for entregue, só que o governo brasileiro não quer que Portugal envie para esconder o que tem sido o seu falhanço“, realçou o presidente do Chega.

@andre_ventura_oficial

O Governo do Brasil está a tentar esconder a grande tragédia que muitos brasileiros estão a viver, sobretudo no Rio Grande Sul. Instamos o Governo Português a autorizar que estes bens cheguem o mais depressa possível a quem mais precisa deles nesta altura trágica. Acima da política estarão sempre as vidas humanas. Isso será sempre mais importante! #CHEGA

♬ som original – andre_ventura_oficial

André Ventura afirmou que “a TAP já se disponibilizou para enviar as coisas” e que apenas se está a aguardar que “alguém faça alguma coisa”. “Insto o Governo português e o governo brasileiro a aceitarem esta ajuda, que será fundamental para salvar vidas, para ajudar famílias, muitas delas com crianças, com bebés e a quem não podemos virar a cara”, insistiu o líder do Chega, criticando o governo brasileiro por, segundo disse, estar a “tentar esconder a grande tragédia que muitos brasileiros estão a viver, sobretudo no Rio Grande Sul”.

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[Já saiu o primeiro episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui.]

Perante o vídeo que já atingiu mais de 80 mil pessoas só no TikTok, em resposta ao Observador, a Presidência brasileira recusou responsabilidades: “É falsa a totalidade do que diz em seus posts o político do Chega, cuja intenção é meramente procurar espalhar desinformação sobre a atuação do governo brasileiro.”

“O Ministério de Portos e Aeroportos e a Receita Federal publicaram notas, na semana passada, detalhando o processo de negociação da logística e dos trâmites alfandegários envolvidos no transporte dessas doações ao Brasil, seja de Portugal ou de outros países. Pelos próprios volume e quantidade das doações, a logística de transporte ao Brasil, a partir de seus países de origem, está sendo negociada caso a caso”, explicam, sublinhando que todo o apoio é recebido pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Itamarat e analisado pelo Governo Federal, através do Comando Operacional Conjunto da “Operação Taquari II”, “que é a instância decisória sobre o conjunto dos trabalhos emergenciais de apoio às vítimas das inundações, e da qual participa igualmente o Governo do Estado do Rio Grande do Sul”.

Os responsáveis explicam que as diferentes ofertas de ajuda são “processadas e alocadas conforme as condições específicas e as circunstâncias verificadas no terreno” e que “nenhuma oferta é recusada ou desconsiderada, sendo todas devidamente estudadas e incorporadas às possibilidades à disposição para os trabalhos de apoio às populações atingidas”.

“Em função da natureza dinâmica desses trabalhos, um equipamento oferecido pode não ser utilizado num dado momento e ser considerado para aproveitamento oportuno, inclusive levando em conta as possibilidades logísticas de fazê-los chegar onde são necessários, tendo em conta, como é de conhecimento geral, desafios como a interdição de aeroportos e estradas, desabastecimento de combustíveis e outros itens básicos, ou a dificuldade de conexão de internet, causados pelas enchentes”, acrescentou a Presidência brasileira na resposta.

Já a TAP, também referida por André Ventura, recusou-se a comentar questões políticas, mas disse que a companhia está em “permanente contacto com o ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil para assegurar uma resposta adequada às necessidades do governo brasileiro em matéria de envio de ajuda humanitária”.

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