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Ronaldo voltou ao Qatar para fazer o primeiro bis da época pelo Al Nassr (e chegar aos 40 golos em 2024) – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 25, 2024

O Qatar será sempre um país diferente para Cristiano Ronaldo. Foi ali que realizou o último Campeonato do Mundo de seleções, foi ali que rescindiu de forma formal o contrato com o Manchester United depois de uma entrevista explosiva a Piers Morgan  com críticas de alto a baixo ao clube, foi ali que pela primeira vez ficou no banco jogando por Portugal por mera opção técnica (algo que acontecera pela derradeira ocasião na fase final do Euro-2004), foi ali que sentiu uma onda de apoio como há muito não tinha. Ali, tudo e todos são Ronaldo – que até aparenta ter muito mais fãs do que Leo Messi, nessa comparação inevitável em qualquer ponto onde se goste de futebol. Ali, tudo continua a girar em torno do avançado português.

Bastaram dez minutos para se sentir esse impacto. Por um lado, ainda antes do apito inicial, foi percetível que a comunidade portuguesa tinha mais uma vez feito passar a mensagem para apoiar o avançado como vai acontecendo sempre que o Al Nassr se desloca ao Qatar na Champions asiática. Depois, nos instantes iniciais, o estádio parou nas primeiras ocasiões em que CR7 tocou na bola, neste caso ainda longe da baliza mas mais do que suficiente para animar as bancadas. De seguida, quase como numa resposta a esses incentivos, voltou um cântico que há algum tempo não se fazia ouvir de forma tão sonora: “Messi, Messi, Messi”. Por norma não costuma ser a melhor coisa “provocar” assim Ronaldo mas há sempre essa tentação quase inconsciente.

O encontro até podia ser mais importante para o Al-Gharafa do técnico português Pedro Martins, que conta com alguns dos nomes saídos das principais ligas europeias como o ex-portista Brahimi, o campeão europeu Joselu, o romeno Florinel Coman ou o guarda-redes ex-PSG Sergio Rico (que esteve quase um ano afastado dos relvados depois de uma queda de cavalo que o deixou 25 dias em coma), mas tinha outro “peso” para o Al Nassr na sequência da derrota com o Al-Qadsiah, a primeira da Liga. Stefano Pioli, técnico que substituiu Luís Castro no comando da formação de Riade, teve uma entrada auspiciosa com sete vitórias consecutivas mas os últimos seis jogos, com dois triunfos, dois desaires e dois empates, fizeram soar os alarmes.

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A resposta dificilmente poderia ser melhor. Além de dominar desde o primeiro minuto no Estádio Al-Bayt, um “monumento” feito de raiz para receber o jogo de abertura do Mundial de 2022, o Al Nassr criou mais oportunidades do que na última partida, conseguiu juntar a isso a eficácia no decorrer da segunda parte, com três golos em menos de 20 minutos que sentenciaram o encontro. Principal figura? Ronaldo. Após ter feito o único golo diante do Al-Qadsiah, o avançado português, que terminou os 74 minutos em campo com um total de sete remates, fez o primeiro bis da temporada no regresso ao país onde tudo começou a mudar na carreira e chegou à fasquia dos 913 golos, chegando aos 13 golos em 17 partidas pelos sauditas em 2024/25.

Com Laporte e Talisca de fora, o que abriu as titularidades de Al-Fatil e Ângelo, o Al Nassr não demorou a acercar-se com perigo da baliza de Sergio Rico mas o remate forte de Ronaldo após passe de Brozovic ficou nas mãos de Sergio Rico (3′). Os visitados iam tendo algumas transições com aproximações que falhavam no último passe e inviabilizavam mais lances de perigo mas era o conjunto saudita que continuava a controlar o encontro, com o inevitável Ronaldo a obrigar Sergio Rico a uma grande defesa depois de nova assistência de Brozovic (19′) e depois a falhar por muito pouco num desvio de cabeça ao segundo poste na sequência de um livre lateral da esquerda com primeiro toque de Otávio (33′). O intervalo chegaria mesmo com um nulo mas com nova oportunidade flagrante falhada pelo português – que deixava sinais da sua impaciência, com vários palavrões na língua materna por não acreditar que ainda não tinha marcado –, a aproveitar uma saída incompleta de Sergio Rico da baliza para rematar de primeira e ver Kechrida desviar para canto (44′).

O Al Nassr começava a dever a si um resultado mais confortável mas o arranque da segunda parte dissipou todas as dúvidas que poderiam ainda existir: Ronaldo inaugurou o marcador na sequência de uma jogada de Ângelo com cruzamento de Al-Ghanam (46′), Ângelo aumentou a vantagem após uma grande assistência de Otávio que isolou o brasileiro para passar Sergio Rico e encostar para o 2-0 (58′), o mesmo Ângelo teve outra saída rápida que gizou uma situação de 3×2 e assistiu Ronaldo para um trabalho individual na área que fez o 3-0 (64′). O encontro estava mais do que resolvido, com o Al-Gharafa a olhar também para o controlo do jogo para impedir que o desaire fosse mais pesado e o Al Nassr a gerir de outra forma o encontro tendo em conta a próxima partida da Liga saudita com o Damac na próxima sexta-feira, com Ronaldo a sair aos 74′ e o Al-Gharafa a reduzir a desvantagem no minuto seguinte, com Joselu a marcar numa recarga na área (75′).





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