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RIP, RIP, RIP, por Eça de Queiroz – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 6, 2023

A propósito da projectada trasladação dos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz para o Panteão Nacional, zangaram-se as comadres, tanto as da família, como as da política local, mas nem por isso se souberam as verdades.

É pena que os descendentes do escritor se tenham desavindo por este motivo, embora as zangas familiares, por questões de partilhas, tenham, pelo menos, dois mil anos, porque já Jesus foi requisitado para intervir no litígio que opunha dois irmãos que concorriam à mesma herança (Lc 12, 13). No caso do escritor, o espólio é imaterial, mas mesmo assim deu notoriedade pública à desavença familiar, o que é de lamentar. Felizmente, dos oito filhos dos meus pais, fui o único a herdar este gosto paterno pela genealogia que, embora profano, não desdiz da minha condição sacerdotal, à conta de que tanto São Mateus como São Lucas descrevem, nos respectivos evangelhos, a linhagem de Cristo (Mt 1, 1-17; Lc 3, 23-38).

Quando se fala da família de Eça de Queiroz, pensa-se sobretudo nos seus descendentes, nomeadamente os bisnetos, pois os seus netos nasceram há mais de um século e, se ainda vivesse algum filho, teria, pelo menos, 123 anos! Nada de especial, se se tiver em conta que, segundo a Bíblia, Matusalém viveu 969 anos (Gen 5, 27), embora algumas almas piedosas garantam que ninguém lhe dava mais de 800 …

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