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Cientistas criam modelo de embrião sem espermatozoide, óvulo ou útero. É o primeiro que imita em completo um embrião humano – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 6, 2023

Sem recurso a espermatozoide, óvulos ou um útero, cientistas criaram pela primeira vez um modelo de embriões humanos que imita de forma completa todas as características conhecidas num embrião real. Segundo a BBC News, o objetivo é ajudar a compreender e a esclarecer as primeiras fases do desenvolvimento humano.

O modelo foi desenvolvido a partir de células estaminais que foram reprogramadas para ganharem o potencial de se tornarem qualquer tipo de tecido do corpo. Os cientistas utilizaram depois produtos químicos para que estas se transformassem em quatro tipos de células — epiblasto, trofoblasto, epiblásticas e mesoderma extra-embrionário — que por norma se encontram nas primeiras fases do embrião humano

No total foram misturadas 120 células que depois se organizaram em estruturas que imitam a organização 3D de um embrião real com 14 dias de idade. Estas desenvolveram uma placenta, um saco vitelino, uma membrana de saco coriónico. O modelo chegou mesmo a libertar hormonas que deram positivo a um teste de gravidez.

“Dou grande crédito às células — é preciso trazer a mistura certa e ter o ambiente certo e a coisa descola”, disse o professor Jacob Hanna, que liderou a investigação no Instituto Weizmann, em Israel. “É um fenómeno espantoso”.

“Este é o primeiro modelo de embrião que apresenta uma organização estrutural dos compartimentos e uma semelhança morfológica com um embrião humano no 14.º dia”, acrescentou, citado no The Guardian.

Os modelos de embrião serão agora usados para ajudar os cientistas a perceber os primeiros passos na construção dos órgãos do corpo, compreender doenças hereditárias e genéticas ou até mesmo para avaliar o impacto de medicamentos em embriões humanos reais. Como explica o jornal britânico, as grávidas costumam ser excluídas dos ensaios clínicos, o que faz com que não sejam conhecidos os efeitos secundários de alguns tratamentos e medicamentos comuns nas mulheres e nos bebés. Os modelos poderão ainda servir para melhorar as taxas de fertilização in vitro, uma vez que podem ajudar a compreender as razões pelas quais alguns embriões falham no tratamento.

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