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os livros, o cérebro, o digital e a memória da humanidade – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 7, 2023

Enquanto estava a escrever O Nome da Rosa, o livro que o tirou do limitado meio académico em que até aí se movimentava e o transformou numa celebridade mundial, Umberto Eco desenhou não só todos os monges que protagonizam a história, como também vários esquemas do labirinto da biblioteca da abadia, até chegar àquele que correspondia ao desejado. Todos estes desenhos estão guardados na também ela enorme e labiríntica biblioteca milanesa do autor e pensador, falecido em 2016, composta por cerca de 32 mil volumes, 1500 dos quais antigos, incluindo vários muito raros. E são mostrados no documentário “Umberto Eco — A Biblioteca do Mundo”, de Davide Ferrario.

Este filme não se limita a percorrer e explorar de forma convencional a biblioteca de Eco, mostrando-a em detalhe e destacando esta ou aquela secção, e alguns dos livros mais interessantes, extravagantes ou valiosos que lá se encontram. O realizador fá-lo, mas não se esquece, por exemplo, de aproveitar para salientar o gosto do autor de O Pêndulo de Foucault pelas fabricações e imposturas literárias, pelos autores excêntricos, pelas teorias da conspiração, pelos títulos contrários aos institucionais ou pelas heresias cristãs, através de obras que lá estão nas estantes, apresentadas e comentadas pelo próprio Eco em imagens de arquivo, pelos seus familiares (que deram toda a colaboração ao realizador) amigos e colegas, ou por atores e atrizes em interlúdios que pontuam o documentário.

[Veja o “trailer” de “Umberto Eco — A Biblioteca do Mundo”:]

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