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Democracia e futuro – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 12, 2023

Se a memória não me falha, foi em Outubro do ano passado que, num “Expresso da Meia-Noite”, na SIC Notícias, o actual porta-voz do Partido Socialista fez uma afirmação notável. Activando o meio neurónio que o salva da irrelevância social e política, o cidadão João Torres cumpriu o seu papel de fiel servidor dos chefes e esclareceu o bom e ignorante povo (o qual, talvez por ser, de facto, generoso e ignorante, o elegeu seu representante) do seguinte: com Passos Coelho, os jovens emigravam porque o Primeiro-ministro os mandava embora; agora, com António Costa, emigram porque querem. É uma diferença avassaladora que ali foi notada pelo brilhante deputado da nação e que deixou também bem clara a ideia de que há uma emigração boa e outra má, dependendo de quem governa. O debate político atingiu, pois, este elevado patamar.

A informação ali partilhada pelo cavalheiro foi tão extraordinária que me ficou na memória até à passada semana, quando um Governo em funções há 8 anos descobriu que o país tem jovens que saem do país, escolhendo outros onde se vive melhor e contrariando, ao mesmo tempo, a ideia difundida pelo próprio Governo, para quem o país é o paraíso na Terra.

É certo que os números da emigração se têm reduzido desde 2014, depois de terem crescido consistentemente entre 2004 e 2013, mas continuam a revelar uma sangria brutal: o país começa a revelar-se um exportador de quadros qualificados e um importador de quadros não qualificados.

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