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Benfica vence Sporting com hat-trick de Higor e acaba Champions no terceiro lugar – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 5, 2024

O sorteio abria mais uma vez o sonho nunca cumprido de uma final 100% nacional, os dois jogos das meias-finais trouxeram novamente a realidade de uma ambição frustrada e logo em dose dupla. Apesar de ter o jogo na mão durante o segundo tempo, o Benfica, à semelhança do que aconteceu nos últimos dois anos, voltou a deixar ir a decisão para prolongamento e grandes penalidades, perdendo depois no desempate com o Palma. Apesar de em termos táticos não ter ficado atrás durante vários momentos do jogo, o Sporting, à semelhança do que aconteceu nos últimos dois anos, voltou a falhar nos pormenores e perdeu pela margem mínima com o Barcelona. Quando havia essa ambição do primeiro dérbi na final de uma Liga dos Campeões, os dois rivais iriam apenas fazer o encontro onde ninguém gosta de marcar presença pelo terceiro lugar.

“A responsabilidade é minha: não consegui encontrar quatro atletas que conseguissem equilibrar emocionalmente a equipa dentro de campo, de forma a sermos rigorosos e disciplinados naquilo que trabalhámos. A mim custa-me preparar determinadas situações do jogo, os atletas fizeram de tudo nos treinos para que as coisas saíssem bem e na segunda parte não conseguimos fazer uma vez a saída de pressão que mais vezes pedimos. Era a forma que entendíamos para controlar o jogo. Isto deve-se exclusivamente à parte emocional, que também tem muito a ver com a parte final do jogo, onde chegámos ainda sem perceber que estávamos na quinta penalidade e na ordem estava definida que o nosso especialista marcaria a quinta. Independentemente disso, a responsabilidade é minha, não deles”, comentou Mário Silva, técnico do Benfica.

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“Fico com a sensação de que o Sporting não é nada inferior ao Barcelona. Fizemos um bom jogo, lutámos, criámos, fomos criando oportunidades em cima de uma equipa que é líder da Liga espanhola. Com a nossa humildade e qualidade conseguimos fazer um grande jogo e não merecíamos mas o jogo ditou que o Barcelona seguisse em frente. Parabéns a eles. Quando o árbitro marca tantas faltas, limita a agressividade. Não podíamos meter o pé e recuámos. Eles já tem essa qualidade e com essas pseudo-ajudas mais difícil se torna mas não é por aí. Resta-nos lutar pelo terceiro lugar”, salientou Nuno Dias, treinador do Sporting que deixou ainda uma palavra para os adeptos que se deslocaram até à Arménia para assistirem ao encontro.

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Era neste contexto que chegava a decisão pelo último lugar do pódio, um encontro que tradicionalmente cai para as equipas portuguesas (as exceções foram em 2011 e 2012, quando Benfica e Sporting perderam nas grandes penalidades com Kairat e Marca Futsal, respetivamente). E este seria também um teste para aquilo que será no resto da época, sobretudo perante a possibilidade de haver novo cruzamento na final do Campeonato. Agora, depois de um triunfo dos encarnados na Supertaça e de quatro vitórias consecutivas dos leões na fase regular da Liga, nos oitavos da Taça e na final da Taça da Liga, os encarnados voltaram aos triunfos e com Higor de Souza em plano de destaque com três golos, mostrando o porquê de o Benfica ter pago ao Palma Futsal a cláusula de rescisão (a imprensa local apontou para 200 mil euros, quase o mesmo de Diego Nunes) em 2022 antes de uma temporada de 2022/23 que ficou marcada por uma grave lesão. Tudo no dia em que Lúcio, que fazia 20 anos, voltou a bisar e mostrou que é cada vez mais uma aposta ganha.

A partida começou com um remate na área de Chishkala que podia ter inaugurado o marcador mas andou sobretudo em torno de Zicky Té, jovem pivô internacional que é um dos melhores do mundo na atualidade mas que ficou muito cedo condicionado por ter atingido Chishkala (lance com amarelo) e Afonso Jesus (sem sanção apesar do pedido de VAR do banco encarnado) com os braços. Arthur e Tatinho tiveram também os seus remates com perigo para defesas de Henrique e Léo Gugiel mas era necessário um golo para abrir mais um encontro abaixo do que se tem visto em dérbis a nível de qualidade. Acabou mesmo por surgir, neste caso para o lado do Benfica: Higor trabalhou bem pela direita e fez o passe para Arthur encostar na área para o 1-0 (9′). Não veio só, com o mesmo Higor a ganhar uma bola a Wesley quando era a última unidade e a fintar Henrique para o 2-0 perante os protestos não validados de falta pelos leões (11′).

Era notório nas duas equipas que a vontade de ganhar o último lugar do pódio não apagava a frustração de não poder discutir a final mas, entre esse quase natural estado anímico, o Benfica entrou melhor no plano ofensivo, com o Sporting a crescer por reação e não ação com uma série de remates perigosos travados por Léo Gugiel ou desenquadrados com a baliza e os encarnados, depois de uma paragem técnica de Mário Silva, a recuperarem o equilíbrio na quadra para ameaçarem o terceiro golo. O 2-0 parecia estar destinado a chegar ao intervalo mas, já depois de um livre de Alex Merlim que bateu com estrondo na trave a 20 segundos final, o guarda-redes Henrique foi ao meio-campo contrário reduzir para 2-1 com sete segundos por jogar.

Pela primeira vez desde que chegou ao comando do Benfica, Mário Silva chegava ao intervalo em vantagem frente ao Sporting de Nuno Dias mas esse golo de Henrique reabria por completo o encontro que teve um reinício de loucos com três golos em menos de dois minutos: Higor aproveitou uma má abordagem de Henrique na baliza para aumentar para 3-1, Henrique subiu para criar vantagem e atirou para o desvio de Taynan que fez o 3-2, o mesmo Higor conseguiu trabalhar bem sobre Tomás Paçó e rematou cruzado para o 4-2. Tudo apenas em 37 segundos… A partir daí, o encontro acabou por “serenar”, com o Sporting em busca de reduzir a desvantagem entre várias oportunidades falhadas e o Benfica a apostar nas saídas rápidas para tentar sentenciar a partida até 3.40 minutos do fim, quando os leões arriscaram o 5×4 com Tomás Paçó como guarda-redes avançado e Lúcio aproveitou um erro para marcar de baliza a baliza o 5-2 (38′), com Zicky a reduzir logo de seguida (39′) e o mesmo Lúcio a fazer o 6-3 final de novo de baliza a baliza (40′).





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