A Volkswagen, empresa automobilística alemã, disse esta semana que investiria até US$ 5 bilhões na Rivian, fabricante americana de veículos elétricos que produz picapes elétricas, utilitários esportivos e vans de entrega.
O acordo ajudará a Rivian, que nunca teve lucro trimestral, a fabricar mais veículos elétricos e a convencer os investidores de sua estabilidade. Ele fornecerá à Volkswagen a expertise em software que os analistas automotivos dizem que ela tem muita falta. E é uma aposta da Volkswagen, que pode se tornar uma grande acionista da Rivian se os reguladores aprovarem o acordo, que a Rivian cumprirá sua promessa de se tornar “a próxima Tesla”, algo que até agora se mostrou ilusório.
A Rivian, fundada em 2009 como Mainstream Motors, tinha bilhões em investimentos até 2021, inclusive da Amazon, BlackRock e Ford.
Mas, como acontece com muitas novas empresas de veículos elétricos, a Rivian também passou por soluços ao tentar aumentar a produção, dificultados por problemas na cadeia de suprimentos durante a pandemia. Em março, a Rivian disse que interromperia a construção de uma fábrica de US$ 5 bilhões na Geórgia para economizar dinheiro. (Ela já tem uma fábrica em Normal, Illinois.)
Além de dar à Rivian acesso à expertise gerencial da Volkswagen, o investimento também é importante para a saúde financeira da empresa. A empresa perde dezenas de milhares de dólares para cada veículo que fabrica, e relatou perdas de US$ 5,4 bilhões em 2023, após perder US$ 6,8 bilhões no ano anterior.
RJ Scaringe, fundador e presidente-executivo da Rivian, disse que o investimento ajudaria a empresa a fabricar um novo SUV e a terminar a construção da fábrica na Geórgia. Mas ele também destacou sua importância para os resultados financeiros da empresa.
“Isso é importante para nós financeiramente”, disse o Sr. Scaringe após o anúncio da parceria na terça-feira. Na quinta-feira à noite, as ações da Rivian subiram cerca de 40 por cento desde que o investimento foi anunciado.