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Morreu Indi, a bebé britânica com doença grave que foi retirada do suporte de vida após batalha com tribunais – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 13, 2023

Uma batalha legal nos tribunais britânicos, uma atribuição de cidadania italiana e até uma oração do Papa Francisco, no Vaticano. Os pais de Indi Gregory não estavam dispostos a desistir da filha e tudo fizeram para adiar a sua despedida. No entanto, nenhuma das tentativas surtiu efeito e a bebé acabou por morrer na madrugada desta segunda-feira, quase dois dias depois de ter sido removida do aparelho de suporte vital.

A notícia foi dada num comunicado escrito pelo pai, Dean Gregory e divulgado pela associação Christian Concern, que apoiava a família na luta para que a menina de oito meses continuasse a receber tratamentos para a doença mitocondrial rara, que fazia com que as suas células não produzissem energia suficiente para funcionamento do organismo.

“A vida de Indi terminou à 1h45”, escreveu o pai, aproveitando para fazer uma dura crítica ao Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) e aos tribunais britânicos que “não só lhe arrancaram a oportunidade de ter uma vida longa, como lhe tiraram também a dignidade de morrer na casa de família, onde pertencia”.

Estas acusações surgem da batalha legal intensa que a família defrontou no Tribunal Supremo, Tribunal de Recurso de Londres e até no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, de forma a prolongar os tratamentos à bebé, após os médicos do NHS terem dito que já não havia nada a fazer.

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Ela é uma menina que tentámos salvar o melhor que pudemos. Mas a terrível realidade é que ela está a morrer”, disse um ao juíz Robert Peel, do Tribunal Supremo, citado pelo Telegraph.

Os pais, Dean e Claire Staniforth, explica o The Guardian, queriam que especialistas continuassem a cuidar de Indi, mas os tribunais britânicos negaram-no, dizendo que não seria o melhor para a bebé e que era “legal” limitar o seu tratamento.

Ainda assim, Dean e Claire ainda tinham uma luz de esperança, que surgiu após, na última segunda-feira, o governo italiano ter concedido à menina cidadania de emergência, na sequência de um hospital ter oferecido ajuda para prosseguir os tratamentos.



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