• Sáb. Jul 27th, 2024

Os vídeos do maior sismo de sempre em Marrocos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 9, 2023

Com 6.6 de magnitude na escala de Richter, este é o maior sismo em Marrocos desde que há registos, ou seja, pelo menos em 120 anos. O último, de grande intensidade, aconteceu em 1960, e registou 5.8 na escala de Richter. Ambos tiveram profundidades muito semelhantes (entre 10 a 18 km). Se agora a zona mais atingida foi a de Marraquexe, cidade património da humanidade da UNESCO, antes tinha sido Agadir.

Na altura, morreram cerca de 12 mil pessoas, por se tratar de uma região densamente habitada. Mais recentemente, em 2004, um sismo de 6.4, fez 600 vítimas mortais em Alhucemas.

O sismo desta sexta-feira, que já fez mais de 800 vítimas mortais, aconteceu numa zona conhecida como cordilheira do Atlas, montanhas formadas numa zona de compressão geológica de falhas, e onde acontecem, devido a essa fricção, vários sismos, como terá sido o caso. O abalo, por ter acontecido a pouca profundidade, fez-se sentir em grande parte do Norte de África, Sul de Espanha e várias zonas de Portugal.

O nível de destruição, numa zona pouco preparada e pouco habituada a terramotos, onde as construções são frágeis — no Japão, por exemplo, um sismo desta intensidade não provocaria os mesmos danos — é enorme. Os vídeos, que chegam via redes sociais, mostram isso mesmo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Além de prédios a desmoronar, vêem-se crianças a tentar ser resgatadas de escombros e a gente a correr mal a terra começou a tremer, pouco passavam das 23h00 (mesma hora no nosso país) — e também um problema, já que a maior parte das pessoas já se encontra a dormir ou nas suas habitações com menores condições de fuga para espaços livres.

Este tipo de sismos, desta magnitude, não é normal, segundo o Instituto Geológico e Mineiro de Espanha (IGME). Quando acontecem nestas zonas montanhosas, que ficam dentro de placas tectónicas, em subplacas, e não nas margens de grandes placas, costumam ser de magnitude inferior.

Mas o facto de ter ocorrido bastante à superfície (10 a 18 km, segundo o que é possível para já saber) e das construções na zona serem muito rudimentares, terá levado a um grande nível de destruição.





Source link

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *