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PAN quer suspensão de explorações de lítio e olha “sempre com cautela” para sondagens – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Fev 29, 2024

Ao quinto dia de campanha eleitoral, Inês Sousa Real exigiu a suspensão das explorações de lítio, a revogação do Simplex ambiental e urbanístico e a auscultação das populações, argumentando que o descontentamento reflete-se em votos populistas antidemocráticos. Quanto a sondagens, especificamente a mais recente da Universidade Católica que aponta para a possibilidade de o PAN deixar de ser um partido de deputado único, a porta-voz disse que “olha sempre com cautela”, mas que “o regresso de um grupo parlamentar do PAN à Assembleia da República permite ter mais forças” para as causas que defende, como a proteção animal ou ambiental.

Na região de Viseu, Inês Sousa Real defendeu que as explorações de lítio estão, em alguns casos, a acontecer “em zonas de proteção natural e com elevados valores ecológicos” com particularidade para onde existe “a rota do próprio lobo ibérico”. Neste sentido, reforçou que “é fundamental suspender os projetos que estão em curso” e “garantir que a avaliação ambiental passa a considerar não apenas questões económicas, mas também a mitigação da pegada ecológica”.

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A porta-voz do PAN defendeu que “é fundamental reavaliar” esse “tipo de projetos”, sobretudo onde há “proximidade com as populações”, com “danos ambientais absolutamente irreversíveis”. “E que não tenhamos uma destruição de valores naturais a reboque de uma pseudo-transição energética, ou de uma exploração, que sabemos, muitas das vezes, não respeita aquilo que são critérios e danos ambientais que poderiam e deveriam ser evitados”, apontou.

Nesse sentido, e a avaliar pelos “efeitos cumulativos que estas centrais estão a ter”, o PAN considera “que o Simplex ambiental e o Simplex urbanístico devem ser revogados”. “Devemos olhar para a legislação e perceber que esta legislação não pode estar a ser feita à medida dos interesses económicos destas centrais fotovoltaicas, mas sim, do interesse económico das populações, no seu desenvolvimento, no seu crescimento, porque até há uma dimensão turística que, muitas vezes, é posta em causa com este tipo de projetos”, justificou.

Com isto, apontou que “há um aspeto fundamental, as populações não têm sido ouvidas nestes processos como deveriam de ser”, por um lado, porque os tempos para a consulta pública têm sido “demasiado curtos”. “Por outro, sabemos também que a participação cidadã não tem sido auscultada o que, de alguma forma, gera uma frustração na população e até um descontentamento que, sabemos, está a ter o seu retorno que é o voto em forças populistas antidemocráticas e se queremos repor a democracia e repor os valores de participação cidadã isto passa por ouvir as populações, quando dizem não a este tipo de projetos”, considerou.



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