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Pinto da Costa ao ataque em dia de eleições históricas no clube – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 27, 2024

No mínimo, uma manhã estranha. Até a chegada ao Estádio do Dragão não foi aquilo que se esperava. Uns diziam que “o presidente ia descer a pé a Alameda a partir de casa”, outros que estava dentro do recinto, outros ainda que iria mesmo a chegar daqui a uns minutos. No meio da confusão, até de uma forma quase despercebida, o carro do presidente portista passou na confusão e só mesmo quando saiu da viatura na zona da garagem, onde estavam alguns repórteres de imagem à espera de outras pessoas, se percebeu que estava no local de todas as decisões. Ainda assim, demorou a votar. Tanto que André Villas-Boas, que deveria ser apenas depois, foi antes e deixou o local. A manhã passou para a tarde e tudo continuou “estranho”, com o líder dos azuis e brancos a não passar pela zona mista onde estivera Vítor Baía mas a falar ao Porto Canal e à SIC num discurso que acabou por marcar os comentários nas últimas horas com as urnas abertas.

Com a filha Joana por perto, Pinto da Costa votou, cumprimentou os funcionários que estavam na mesa 1 das eleições do FC Porto e recorreu depois ao local reservado a toda a comitiva da lista A. Vítor Baía falara antes de “um presidente ótimo, bem disposto como todos conhecem e a dizer piadas”. Nas declarações, as únicas que fez até ao fecho das urnas, o líder dos dragões teve um discurso longe dessa descrição.

“Estou confiante, na medida em que eu durante a campanha lidei com imensas pessoas e transmitiram essa confiança grande. Às vezes isso depois não é correspondido. Estou confiante mas os sócios é que escolhem. O que eles escolherem, está correto. A lista B fez tudo para dividir o clube, inclusive para influenciar os resultados das nossas equipas como provarei quando tudo acalmar. Ser tensa [a campanha] é natural, as pessoas põem entusiasmo, mas passou das marcas, quando houve insultos às pessoas da minha lista e a mim, isso não é digno de candidatos a dirigentes do FC Porto. Mas fechadas as urnas, esquecerei isso e temos de ser todos pelo Porto”, começou por referir em declarações ao Porto Canal e à SIC, tendo uma expetativa de 15 mil a 17 mil associados a votarem que já tinha sido largamente passada por volta das 16h.

“Críticas? Porque haveria de esperar se o candidato da lista B me andava a criticar por não ter fechado com o Conceição? Ele disse que ia sentar-se com ele, não haveria de ser para ver se dava bem ou mal, era para contratar. Não havia que perder tempo, o Sérgio Conceição é um treinador muito requisitado pelos outros clubes, não íamos arriscar não o fazer. Também ouvi críticas do negócio com o estádio, que devíamos esperar, não entendo onde está a falta de ética, vamos receber 65 milhões de euros e fizemos questão de os receber só em junho para que seja a nova Direção a recebê-los. Se alguém achar que é mau, pode devolver o dinheiro e anular o contrato. O centro de estágio era uma necessidade, criticavam por demorar, quando conseguimos ultrapassar estas dificuldades, muitas postas pela lista B, com queixas anónimas, obviamente que fizemos a escritura”, continuou a apontar Pinto da Costa nesse momento.

“A afluência é sinal de vitalidade do clube. A campanha foi um bocado desigual. Dei uma entrevista à SIC e outra ao Porto Canal. Os sócios é que conhecem bem o clube e sabem quem lhes interessa. Se entenderem que eu tenho de continuar, será com a mesma paixão. Se entenderem que não, saio tranquilamente e eles ficam com a responsabilidade de terem votado na mudança, ficam com o mérito de tudo o que correr bem e a responsabilidade de tudo o que correr mal. As pessoas não podem ser sócias só para vir ao futebol, têm de participar na vida do clube nos momentos e este é um momento especial”, salientou.

“Operação Pretoriano? Se os adeptos souberem que os afetos à lista B, antes da Assembleia Geral dissessem às pessoas que viessem em massa e filmar, reunissem em grupos e chamassem jornalistas, quando souberem como se passou, isso iria beneficiar-nos. Se perder? Passo a ser um sócio que vai viver um clube sem responsabilidades, problemas e preocupações. Iria viver mais a minha vida, a minha família e finalmente ter férias, que ao fim destes anos todos são passadas com o FC Porto. Telefonar a Villas-Boas? Não tenho o número dele. Quem vencer tem de receber o testemunho e os dossiês, isso é normal”, concluiu.

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