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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou, esta quinta-feira, os seus soldados na linha da frente de Kupiansk, situada na região de Kharkiv no nordeste do país e uma das zonas onde decorrem os combates mais intensos em toda a linha de contacto.
“Os combatentes na zona de Kupiansk protegem a vida em paz dos ucranianos, das gentes da região de Kharkiv”, disse Zelensky durante a visita, apesar de parte deste território permanecer controlado por forças russas. O chefe de Estado elogiou os soldados “pelo seu serviço” e por “protegerem o nosso país”. “Desejo-vos a vitória, permaneçam fortes e sem perder a iniciativa”, acrescentou Zelenski, que saudou pessoalmente alguns dos militares que defendem esta zona da frente.
The frontline command post of Kupyansk defenders. It was an honor to meet and award the warriors.
The fighters on the Kupyansk front are defending the peaceful life of Ukrainians, the people of Kharkiv region. I thank the warriors for their service, for defending our state! I… pic.twitter.com/pq4QdGXBNP
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 30, 2023
O comunicado do gabinete presidencial também indicou que Zelensky tomou nota das necessidades militares no terreno, desde equipamentos eletrónicos a drones, ou a construção de fortificações para conter as ofensivas das forças russas e dos separatistas russófonos do leste do país.
Zelensky deslocou-se à frente nordeste após ter visitado na quinta-feira as províncias de Odessa, Mykolaiv e Kherson, no sul. Neste dia também manteve conversas telefónicas com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para abordar as necessidades militares e logísticas com a aproximação do inverno.
Com Scholz, também apelou ao consenso no interior da União Europeia para o eventual início das conversações formais de adesão da Ucrânia, e pendente das decisões que o bloco adotar na reunião de dezembro.
A localidade de Kupiansk constitui um importante nó ferroviário e foi recuperada pela Ucrânia na sua contraofensiva do outono de 2022, meses após ter caído para as forças russas no início da guerra.
Desde o verão passado que a Rússia concentra grandes quantidades de tropas nesta zona para tentar retomar a cidade. O estado-maior do Exército ucraniano disse que nas últimas 24 horas foram repelidos sete ataques russos nesta zona da linha da frente.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.