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Fact Check. Zuckerberg disse que partilhar o “Pai Nosso” viola as diretrizes do Facebook? – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 19, 2024


O rumor não é novo. Tem circulado nas redes sociais ao longo dos últimos anos e ressurgiu esta semana. São várias as publicações que alegam que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, disse que partilhar a oração do “Pai Nosso” no Facebook viola as diretrizes da rede social. Por isso, em jeito de desafio, alguns utilizadores, no que caracterizam como uma “declaração de fé em público”, têm partilhado a oração.

“Depois de ouvir Mark Zuckerberg dizer que publicar a oração do ‘Pai Nosso’ viola as suas políticas, peço a todos os cristãos que sigam o meu exemplo e publiquem o ‘Pai Nosso’ (…) Este é o melhor desafio que já vi no Facebook. Então, se você o ama [a Jesus] e não tem vergonha, por favor, junte-se a mim neste desafio de fé!”, lê-se no texto que tem sido partilhado ao longo das últimas semanas por vários utilizadores.

Nas redes sociais de Mark Zuckerberg não existem quaisquer publicações acerca do “Pai Nosso” (ou “The Lord’s Prayer”, em inglês), o que indica, desde logo, que os rumores podem não ser verdadeiros. Por outro lado, as diversas publicações que contêm a oração não foram apagadas, o que indica que não violam as diretrizes da rede social. Em resposta ao Observador, a Meta, proprietária do Facebook, confirma que os rumores são falsos e que Zuckerberg não fez quaisquer declarações sobre banir a oração.

Além disso, fonte oficial da empresa, que enviou respostas escritas ao Observador, também confirma que a linguagem utilizada no “Pai Nosso” não viola as diretrizes estabelecidas pelo Facebook. Se fossem contra essas regras, as publicações com a oração seriam apagadas.

De acordo com o site oficial da Meta, são removidas as publicações que, por exemplo, incitem à violência, que contenham menções a “suicídio, automutilação e distúrbios alimentares”, “nudez, abuso e exploração sexual infantil”, “exploração sexual de adultos”, “bullying e assédio” e ainda “discurso de incentivo ao ódio” ou “desinformação”. Estas diretrizes, que se aplicam “a todas as pessoas, em todo o mundo, e a todos os tipos de conteúdos, incluindo os gerados por inteligência artificial”, não fazem qualquer menção a religiões e orações.

Conclusão

Nas redes sociais voltou, esta semana, a circular o rumor de que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que partilhar o “Pai Nosso” no Facebook violava as diretrizes da rede social. Em resposta ao Observador, a empresa confirma que os boatos, que também já foram propagados em anos anteriores, são falsos e que a linguagem utilizada na oração não viola quaisquer regras estabelecidas pela plataforma.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.


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